A história do primeiro presidente da República de Angola, Agostinho Neto, foi tema de programação literária na FLINKSAMPA 2016 (Festa do Conhecimento, Literatura e Cultura Negra). Participaram da programação, a filha de Agostinho Neto e deputada da República de Angola, Irene Neto, o escritor português Alberto Oliveira Pinto, o escritor congolês Jean-Michel Mabeko-Tali e a historiadora brasileira Vanicléia Silva Santos.

A historiadora Vanicléia fez um histórico sobre a vida de Agostinho Neto, que nasceu no ano de 1922 em Angola, formou-se em medicina em Portugal, voltou ao país africano, atuou no Movimento Popular de Libertação de Angola, pelo qual tornou-se presidente em 1975. O líder presidiu o país africano até o ano de 1979, quando morreu em Moscou (Rússia).

Já a deputada angolana defendeu a importância de se discutir o papel de Agostinho Neto em Angola e nos demais países com população negra. “Os jovens negros hoje precisam de referencias negras, porque senão procuraram outras”, afirmou Irene Neto.

Com a participação dos demais palestrantes e do público, também foi discutido o racismo e a importância do ensino sobre líderes negros nas escolas. Para um dos participantes, Vailton Gomes, natural de Guiné Bissal, que vive no Brasil há seis anos, a discussão na programação é fundamental, porque “a história do povo negro precisa ser contada nos países da África, no Brasil e no mundo inteiro na visão dos próprios negros”.