Com o tema “Eu Quero Liberdade” começou na noite de, 17 de novembro de 2016, a FLINKSAMPA (Festa do Conhecimento, Literatura e Cultura Negra). A abertura do evento teve como cerimonialista o ex-atleta e medalhista olímpico Robson Caetano e como conferencistas o jornalista Otávio Frias Filho, da Folha de S.Paulo e a deputada Angolana Irene Neto.

Em sua fala, Otávio Frias destacou a desigualdade entre as populações negra e branca no Brasil. “Avançamos pouco, diante da iniquidade social e ética”, afirmou Frias, ressaltando que a mídia deveria se mostrar mais atenta a pluralidade ética. O jornalista apontou ainda a educação como “principal alavanca capaz de suprir as desigualdades do povo brasileiro”.

A deputada angolana também falou sobre a educação e seu papel para o desenvolvimento da população negra no Brasil, em Angola e outros países das Américas e África. “O ato de educar para libertar traz as angústia para o saber do homem”, afirmou Irene Neto. A deputada também descreveu parte da história, conquistas do povo angolano e destacou desafios do cenário mundial atual.

A cerimônia de abertura do evento também contou com o reitor da Universidade Zumbi dos Palmares, José Vicente; da presidente da FLINKSAMPA, Francisca Rodrigues; do Bispo Eduardo Vieira dos Santos, da Arquidiocese de São Paulo; do presidente da Fundação Memorial da América Latina, João Batista de Andrade; do representante da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência Marco Antônio Pelegrini.

O reitor José Vicente destacou a importância do homenageado da FLINKSAMPA 2016, o escritor negro Luiz Gama. “Nosso homenageado merece todo nosso agradecimento, pelo que foi e por seu trabalho que ainda hoje repercute em nosso cotidiano”, afirmou José Vicente.

Já Marco Pelegrini fez uma relação entre o preconceito da pessoa com deficiência e da pessoa negra no Brasil, destacando que houveram avanços, mas que ainda falta muito a ser feito. “Muita gente nasci aqui e não se sente em casa. Não sente que essa é sua terra”, acrescentou Pelegrini.

A FLINKSAMPA oferece um espaço para reflexão sobre a cultura, os direitos e luta da população negra. A programação segue até o dia 19 de novembro, com atividades no Memorial da América Latina, em São Paulo (SP) e na Universidade Nove de Junho (Uninove), na Barra Funda, em São Paulo (SP).

Jovem Negro

Ao final da cerimonia de abertura a presidente da FlinkSampa Francisca Rodrigues anunciou a vencedora do primeiro Prêmio Flink de Literatura Jovem Negro: Larissa Montag, com o romance “A vida do Arco Íris de Fogo”.