Ideia é mobilizar a rede pública de ensino para fazer cumprir  lei 10.639, que destaca a importância da história dos negros na formação da sociedade brasileira

A professora Telma Cézar da Silva Martins, coordenadora do Curso de Pedagogia da Faculdade Zumbi dos Palmares, falou aos estudantes do ensino médio presentes ao debate sobre o  ensino da cultura afro na FlinkSampa que eles terão de levar em conta as especificidades da população negra, seja qual for a área que escolherem para atuar.

Para a menina que disse querer ser enfermeira, a professora Telma perguntou: “Você sabia que há doenças  típicas da raça negra, como a anemia falciforme? Então, é preciso ter esse olhar ao exercer essa profissão. Assim como a psicóloga vai ter de observar a questão do preconceito e o advogado, a dos direitos humanos. Claro que direitos humanos são para todos mas os negros são mais privados deles.”

“No ano que vem, vamos fazer um grande movimento de inclusão da cultura afro no currículo de todas as escolas do Brasil”, anunciou a pesquisadora Beatriz Cortese, que dividiu a mesa com a professora Telma Martins, nesta manhã  (dia 20) no auditório da  Faculdade Zumbi dos Palmares.

Beatriz, do CENPEC (Centro de Estudos de Pesquisa, Educação e Cultura), disse que o cumprimento da lei  10.639/2003 —  que diz que o ensino fundamental deve incluir em seu currículo a história da cultura afro-brasileira — só será cumprida quando houver uma mobilização: “Para que a lei seja cumprida,  precisamos nos unir.”

Os debates, lançamentos de livros e palestras com escritores e educadores nacionais e internacionais seguem até quarta-feira (21) na 6ª Flinksampa, na Faculdade Zumbi dos Palmares.

Saiba mais sobre a programação no site www.flinksampa.com.br e www.viradadaconsciencia.com.br